"Exagerado
Jogado aos seus pés
Eu sou mesmo exagerado"
Exagerado, Cazuza
Quem nunca achou que fosse morrer de amor? Que jurava que aquele menino ou menina por quem estava apaixonado fosse o centro do mundo, do universo, e que, por ele, seria capaz de tudo?
Esse amor da adolescência é forte, poderoso e traiçoeiro. É um amor que nasce e parece que nos domina completamente, do fio de cabelo à ponta do pé. Juramos que, por esse amor, somos capazes de cruzar o oceano Atlântico a nado.
É o amor de ir ao cinema, o amor de tomar sorvete na praça, de curtir uma balada com os amigos. É o maior de ir a um show e segurar ela nos ombros enquanto ela canta e chora e o amor de viajar sem destino. É o amor dos bloquinhos de carnaval, dos beijos escondidos e do filme na casa do companheiro (sob olhar dos pais, claro).
O amor adolescente é um amor que fere e que ama profunda e intensamente. É um amor que pode ser passageiro, que muda com o passar dos dias, que troca conforme o passeio do final de semana e que faz juras de amor eternos após 24 horas de que se conheceram.
No amor adolescente, "eu te amo" é corriqueiro, não se dá muito valor. É o amor de escrever o nome do caderno e enfeitar com corações, ouvir música e pensar na pessoa amada e escrever cartas que nunca serão entregues.
Alguns amores de adolescente juram que são para sempre. Chegam, inclusive, a tatuar o nome ou um símbolo para a pessoa amada, sinal de que aquele sentimento será eterno.
É o amor de se trancar no quarto, de arranjar encrenca com os pais e de sair de casa batendo a porta. É amar em um dia e odiar no outro. É ligar para o melhor amigo e desabafar sobre como o ex foi sacana.
Amor de adolescente é assim, feito de extremos. Forte, mas frágil; permanente, mas passageiro; eterno, mas fugaz.
Como já cantava Cazuza, para eles são tudo, ou nunca mais. Exagerados…