No mundo da fantasia, dos príncipes e princesas, reis e rainhas, bruxas e criaturas mágicas, existe um poderoso elemento contra o qual ninguém pode lutar contra.
Nem a força dos gigantes, a destreza dos elfos, ou a sabedoria dos magos podem sobrepô-lo quando surge.
É uma força elemental, primordial, ancestral que rege a interação entre todos os seres dos mundos real e mágico, sem em nenhum momento ter o medo de perder.
Tal condição, tão inerente a todas as criaturas, é inevitável, e ao mesmo tempo que motivou — e segue motivando — guerras e desentendimentos, também é o motivo pelo qual eles acabam e a paz volta a reinar.
Entre contadores de história e sábios, ele é conhecido como o toque de Eros, vulgo Cupido, erótico, sensual, romântico, que com uma poção, um arco e flecha, desperta o sentimento mais puro e cru que se pode vivenciar.
Tão vulnerável nos deixa esse sentimento que é proibido para os Deuses, que se escondem para viver essa avassaladora experiência que deveria ser restrita aos seres de carne e osso, racionais e irracionais.
É tema de poemas, sonetos, histórias e lendas, de histórias de herois como Menelau, Ulisses e Orfeu.
A questão que permanece, então, é por fim determinar, se o amor a ser vivido será obra de literatura, de odisseias e de perdurar por gerações ou se será como um temporal passageiro, que aparece e se vai, sem anúncio e deixando estragos.
Será que esse amor será digno de ser recontado, perpetuado e eternizado nos contos do futuro? Ou seria ele apenas algo fugaz, efêmero, como fogo de palha, e apenas mais um dos caminhos a percorrer ao longo dessa vida imaginária e de ilusões de um mundo que não acredita no amor?