Há um tempo atrás eu chorei. Quietinha, no quarto, longe de tudo e de todos. Chorei de exaustão, chorei de frustração e chorei por não acreditar em mim.
Essas duas pessoinhas da foto são a minha vida, minha razão de viver. Mas nesse dia, o Thomas, com os dentes nascendo, não quis comer e teve um dia difícil. A Valentina, com sono e cansada, disse que eu não a amava E não cuidava dela E não quis que eu sentasse ao lado dela no jantar.
Ela bateu as coisas, gritou, desobedeceu e eu, no auge do meu cansaço, simplesmente dei de ombros. Não sei a atenção que ela tanto estava pedindo.
Mas eu não tinha forças, não tinha ânimo, não tinha vontade.
Na hora de dormir, mais uma briga, gritos e chateações.
Não dei um abraço, não deitei com ela, não teve beijo. Ela não me pediu história, nem uma lambida e nem que eu a segurasse. Ela pediu para que eu a acordasse amanhã e eu, dentro da irritação que eu estava sentindo, disse que não.
Ela prontamente voltou com um "então não te amo mais".
Me pego pensando se estou fazendo um bom trabalho. Fico imaginando quantas vezes eu falei isso para a minha mãe, de forma consciente, e a magoei. Se uma criança de 4 anos sem saber fala isso e dói (como dói) imagina uma adolescente.
Fiquei lá, sentada no sofá, imaginando minha bebezinha deitada na cama com avó... Que vontade de pegá-la e abraçar. Levar para dormir comigo. Sentir o seu pezinho (não tão "Zinho") na minha perna para saber que eu estou lá. Sua mão no meu rosto.
Ela não tem dimensão do quanto eu a amo. E amo a ele também, no mesmo tanto. Eles são a minha vida, minhas paixões, meu passarinhos, meu amores eternos.
Caso não tenha dito e tenha dias que eu não demostre, fica aqui, eternizado (mesmo falando 10.000 vezes ao dia). Eu amo vocês, obrigada por existirem em minha vida.
Mamãe